Como os hospitais podem fazer a gestão dos equipamentos obsoletos?

01, 2023 | Tempo de leitura: 5 minutes | escrito por Willtek

A gestão dos equipamentos eletromédicos em hospitais é um tema de grande importância, inclusive a gestão de equipamentos obsoletos, uma vez que eles precisam sempre estar de acordo com as normas e em bom estado. Mas como realizar a gestão de maneira adequada? É o que você confere no artigo de hoje. Vamos lá!

O que significa obsolescência?

A obsolescência é caracterizada principalmente pela incapacidade de produzir efeitos desejados (monitorização, fisioterapêutica, sedativa, respiratória, motora etc.)  da tecnologia ou do equipamento eletromédico. 

A existência de novas tecnologias ou versões podem determinar também a obsolescência da tecnologia, gerando obtenção de melhores resultados a partir da utilização dos mesmos recursos ou recursos diminutos.

Quando os equipamentos são considerados obsoletos?

O aumento da quantidade de manutenções preventivas ou corretivas são quesitos que podem levar à obsolescência.  Qualquer manutenção corretiva deve gerar uma nova calibração e a diminuição da periodicidade do processo, até a verificação que a incerteza expandida se mantenha constante, elevando a periodicidade de ajustes e calibração. 

Caso estes valores não permaneçam estáveis, é grande a possibilidade de estarmos obtendo  resultados inadequados ao processo. Alguns índices são utilizados na Engenharia Clínica para determinar esta condição: 

  • MTBF  – Mean Time Between Failures ou tempo médio entre falhas.
  • MTTR – Mean Time To Repair ou tempo médio entre reparos.
  • TDE – Taxa de Disponibilidade do Equipamento.
  • Depreciação –  é a desvalorização desses bens pelo seu tempo de uso. Quando adquirimos um equipamento, estimamos uma vida útil durante a qual este investimento será dispersado.
  • Depreciação contábil – o cálculo da depreciação é feito a partir de uma fórmula fixa: “Depreciação anual = (Custo de aquisição – Valor residual) / Anos de vida útil”. O custo de aquisição é conhecido pela nota de compra, mas o valor residual e os anos de vida útil, em geral, são estimados pelo proprietário. 

Existem ainda maneiras mais sofisticadas de realizar o cálculo como: método linear, método da soma dos dígitos, método das horas de trabalho, método das unidades produzidas ou quando o índice TDE ≤ 80% ou MTBF ≤ 12 MESES.

A manutenção ajuda a evitar que eles se tornem obsoletos?

A manutenção corretiva tem como objetivo fazer com que os equipamentos voltem a realizar suas funções ou  corrigir distorções nos resultados gerados pelos equipamentos, enquanto a manutenção preventiva visa prevenir futuras manutenções corretivas ou o MTBF (tempo médio entre falhas). 

Elas influenciam diretamente no ciclo de vida da tecnologia, impedindo que anomalias se somem deteriorando sistemas complexos.

Além disso, as manutenções preditivas são realizadas a partir de controle estáticos de vida útil de determinados componentes, acompanhando o desgaste sofrido durante o processo ( analisando, por exemplo, quantos ciclos restam para que o desgaste da parede do diafragma da válvula expiratória influencie no valor da pressão endotraqueal).

As manutenções tem um custo que pode ser elevado, diminuindo a TDE da tecnologia, no entanto aumentam a vida útil e transmitem confiabilidade e precisão ao processo, garantindo sua capabilidade.

Como realizar o descarte desses equipamentos?

A Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010 estipula que as empresas descartem os resíduos de forma responsável e ambientalmente correta, uma vez que, além de serem lixo hospitalar, esses equipamentos também são considerados lixos eletrônicos.

Eles podem ter componentes químicos tóxicos e até radioativos (baterias, descartáveis, peças ou componentes de uso único). Quando descartados incorretamente, podem causar prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população. O descumprimento dessa lei ainda pode levar a problemas judiciais e prejudicar a imagem e reputação do proprietário da tecnologia .

Por isso, realizar o descarte dos equipamentos obsoletos de forma adequada é muito importante. Vale ressaltar que a RDC 25 DE 2001  proíbe a comercialização de tecnologias recondicionadas, indicando a sucateamento documentado ou a devolução ao fabricante de tecnologias obsoletas.

Já a reciclagem acontece por tipo de material e dará origem a outras matérias-primas, usadas para a fabricação de novos produtos eletrônicos. Com isso, cada parte do equipamento tem um destino adequado e os impactos no meio ambiente são amenizados.

Como substituir equipamentos hospitalares obsoletos?

A substituição de equipamentos obsoletos é uma parte muito importante, pois pode gerar muitos benefícios para o hospital. Além de melhorar o diagnóstico, a tecnologia ainda otimiza os procedimentos e os tratamentos em si, gerando, até mesmo, mais valor do ponto de vista dos pacientes. Para realizar esse processo adequadamente, confira algumas dicas abaixo.

Faça o monitoramento dos aparelhos

Para saber quando realizar a troca, é necessário conhecer os equipamentos em funcionamento no hospital, além de monitorá-los para identificar o momento de realizar a manutenção e substituição no momento correto. Existem empresas que terceirizam esse serviço.

Pesquise por inovações 

A área da saúde já evoluiu tanto nos últimos anos que novas soluções já foram criadas para facilitar o trabalho dos profissionais e melhorar a eficiência dos tratamentos. Por isso, uma busca por evoluções em equipamentos, que consigam ter mesma finalidade, pode gerar boas surpresas.

Conheça bons fornecedores

Apesar de muitos fabricantes serem internacionais, existem empresas que fornecem esses produtos aqui no Brasil. Também temos excelentes tecnologias nacionais que são oferecidas e que podem fazer toda a diferença para o seu hospital. 

No meio de tantas opções, você precisará encontrar fornecedores confiáveis, que contem com uma equipe qualificada para indicar as melhores opções para suas necessidades. Aqui na Willtek contamos com soluções que têm como objetivo realizar o elo entre as tecnologias hospitalares e os seres humanos, facilitando o processo para levar equipamentos que promovem saúde de qualidade ao usuário final. Conheça algumas delas:

  • Mesas cirúrgicas especializadas Mizuho OSI usando as mesas cirúrgicas especializadas, é possível simplificar procedimentos, aumentar a precisão e ainda reduzir os riscos. Também fornecemos acessórios para complementar esses equipamentos e tornar o processo ainda mais seguro e confortável para o paciente.
  • Tecnologias para pessoas com capacidade reduzida Guldmann por meio de elevadores de teto e bolsas de levantamento, os serviços de cuidado de pessoas acamadas ou com capacidade reduzida se torna mais fácil e seguro – para o paciente e para o profissional. São soluções que vão desde elevadores de pacientes móveis, até bolsas de levantamento descartáveis.

Contamos ainda com outros equipamentos como unidades de anestesia e ventiladores para UTI, monitores multiparamétricos, aspiradores cirúrgicos, oxímetros de pulso, além de analisadores e simuladores utilizados na calibração das tecnologias, mensurando a capabilidade, exatidão e precisão do mesmo para auxiliar na aquisição de novas tecnologias.

Conheça as normas técnicas

Para que um equipamento eletromédico possa ser comercializado, precisa ter o RMS (Registro no Ministério da Saúde), que pode ser conferido no site da ANVISA ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

O RMS implica que o equipamento sofreu diversos testes, inclusive de segurança elétrica, que precisa estar em conformidade com a ISO NBR 60601, quando energizado, além de passar pelos demais exames de capacidade, todos documentados e realizados por entidades certificadoras.

Apenas em alguns casos eles podem ser isentos (situações específicas em que os equipamentos não tenham função terapêutica, diagnóstica, ou impliquem em situações de risco ao paciente ou usuário), como é o caso da escada para apoio e diversos outros mobiliários.

Além disso, o fabricante deve possuir certificados de qualidade como o de Boas Práticas de Fabricação, distribuição e armazenagem, e ISO ABNT 13485 (norma específica da indústria, reconhecida internacionalmente para sistemas de gerenciamento de qualidade). 

Essa ISO trata desde o projeto, desenvolvimento, produção, instalação, manutenção e vendas de dispositivos médicos, e é adotada também em território brasileiro. Nenhum equipamento pode ser comercializado legalmente sem que se atenda a estas condições.

Com isso, apenas empresas que possuam boas práticas de distribuição e armazenamento possuem autorização para comercializar equipamentos eletromédicos.

Como você pode ver, a gestão de equipamentos obsoletos traz diversas vantagens para as empresas, inclusive adequação legal para maior segurança jurídica e o fortalecimento da reputação da empresa, ao se posicionar como ambientalmente responsável e ajudar a promover uma economia circular e sustentável.

E, se precisar de ajuda para obter novos equipamentos, estamos à disposição para indicar os melhores produtos com tecnologia de ponta, além de realizarmos serviços como a instalação dos equipamentos, manutenção e treinamento da equipe. 

Realizar a interface entre tecnologias, equipamentos médicos hospitalares, desde o planejamento de sua aquisição até sua desativação, tornando esta relação tão harmoniosa quanto possível. Essa é a missão da Willtek. Conte conosco!

Veja também:

Por que realizar o aluguel de equipamentos hospitalares? Confira as vantagens

Hospital Israelita Albert Einstein: implementação da mesa Hana® para cirurgias