Calibração RBC ou Rastreável: qual a diferença?
Você já se separou com os termos calibração RBC e calibração rastreável? Esses conceitos são muito importantes em instituições de saúde, afinal, imagine confiar em resultados de exames obtidos por equipamentos descalibrados? Para garantir a qualidade dos dados e a excelência nos processos médicos, a calibração desses instrumentos torna-se indispensável.
Neste artigo, vamos explorar esses dois tipos de calibração, além das suas diferenças fundamentais e como implementar um programa de calibração hospitalar. Venha conosco!
O que é calibração RBC?
A calibração RBC é um processo de verificação e ajuste de equipamentos de medição realizado por laboratórios acreditados e reconhecidos pela Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e por órgãos internacionais. O termo “RBC” refere-se à Rede Brasileira de Calibração, da qual esses laboratórios fazem parte.
Quando um laboratório realiza a calibração RBC, significa que ele segue rigorosos padrões e normas estabelecidas para garantir a precisão e confiabilidade dos equipamentos de medição.
O Certificado de Calibração emitido por um laboratório RBC atesta que o equipamento foi submetido a testes e ajustes para assegurar que suas medições estejam em conformidade com padrões reconhecidos internacionalmente.
O que é calibração rastreável?
A calibração rastreável à RBC é um processo no qual o próprio laboratório de calibração elabora o procedimento de calibração, seguindo normas técnicas e atendendo às necessidades específicas do cliente.
Nesse método, os padrões usados na calibração devem ter um histórico contínuo de rastreabilidade, ou seja, devem ser rastreáveis de forma ininterrupta até chegarem à calibração realizada por um laboratório acreditado pelo CGCRE (Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro), que faz parte da Rede Brasileira de Calibração (RBC).
Quando um laboratório emite um certificado de calibração rastreável à RBC, ele está comprometido a fornecer todos os certificados de calibração dos padrões utilizados como evidência de rastreabilidade até um laboratório da RBC. Isso garante que as medições realizadas durante a calibração estão relacionadas a padrões confiáveis e reconhecidos, mantendo a precisão e confiabilidade do processo, inclusive a Norma NBR ISO/IEC 17025, que garante a validade desses aspectos
A calibração rastreável é confiável?
A resposta é sim. A calibração rastreada é igualmente confiável, mesmo quando o laboratório de calibração não é oficialmente acreditado pela CGCRE. Ambos devem conter informações idênticas e os padrões utilizados também são os mesmos, assegurando a qualidade e precisão dos resultados conforme esperado.
O fato é que a calibração rastreada muitas vezes se destaca como uma opção mais acessível e ágil, devido a alguns aspectos específicos. Isso ocorre porque ela não demanda a mesma quantidade de controle documental, permitindo que técnicos devidamente treinados a realizem.
Os procedimentos são fornecidos pela empresa contratada e, frequentemente, podem ser conduzidos no próprio local de uso do equipamento. Essa abordagem agiliza ainda mais o serviço, muitas vezes liberando o instrumento no mesmo dia da calibração, o que resulta em redução significativa dos custos operacionais.
Além disso, um aspecto interessante da calibração rastreada é que os certificados podem incluir informações adicionais, como a frequência de calibração e critérios de aceitação definidos pelos usuários.
Esses detalhes podem ser de grande utilidade, especialmente para empresas subcontratadas, contribuindo para o gerenciamento contínuo das calibrações e validação dos certificados. Vale ressaltar que, na calibração pela RBC, a abordagem a esses elementos pode ser diferente. Portanto, o manejo e validação das calibrações precisam ser transparentes e bem apresentados durante as auditorias.
Benefícios da calibração no setor médico
O quão crucial é ter certeza de que as medições feitas por uma balança, uma pipeta ou um medidor de pressão são exatas? É essencial, certo? Por isso a calibração é tão importante.
Agências como a ANVISA determinam que os equipamentos usados em contextos médicos estejam calibrados conforme padrões específicos. Isso não apenas mantém a qualidade dos serviços, mas também evita problemas legais.
Além disso, a calibração contribui para uma operação mais eficiente, uma vez que os profissionais de saúde podem confiar nos resultados, reduzindo a necessidade de repetir testes. Isso é especialmente importante em situações de emergência, onde cada segundo conta.
Em termos financeiros, a calibração também é sinônimo de economia. Isso porque equipamentos bem calibrados têm uma vida útil mais longa, já que são usados de forma adequada. Além disso, ao evitar erros causados por equipamentos descalibrados, os custos relacionados a retrabalho e complicações são reduzidos.
Como implementar um programa de calibração de equipamentos?
Ter um programa de calibração de equipamentos em instituições de saúde é essencial, mas muitas pessoas ainda ficam em dúvida sobre como funciona esse processo. Por isso, criamos um guia explicando as etapas necessárias. Veja abaixo!
1. Faça o levantamento dos equipamentos que precisam ser calibrados
Ao planejar um programa de calibração, é crucial identificar com precisão quais equipamentos necessitam de calibração, minimizando custos desnecessários e garantindo a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes. Considere os seguintes pontos para uma seleção eficiente:
- Medições quantitativas relevantes – priorize equipamentos que possuam medições quantitativas essenciais para suas funções, como monitores multiparâmetros e desfibriladores. A calibração é crucial para garantir a exatidão dessas medições, contribuindo para diagnósticos e tratamentos precisos.
- Impacto crítico – dê preferência a equipamentos críticos que possam influenciar significativamente diagnósticos, tratamentos e a segurança do paciente. Itens como bisturis elétricos e ventiladores pulmonares se enquadram nessa categoria.
- Regulamentações e normas – avalie regulamentos e normas que exigem a calibração de equipamentos específicos, como autoclaves e eletrômetros.
2. Defina os parâmetros e faixa de calibração
Quando se trata de implementar um programa de calibração para equipamentos médicos, é fundamental compreender que cada dispositivo possui seus próprios parâmetros de medição específicos. Isso significa que a instituição de saúde precisa tomar a decisão sobre quais desses parâmetros necessitam passar pelo processo de calibração.
Vamos considerar um exemplo prático: um monitor multiparâmetros que realiza medições de pressão, saturação de oxigênio e índice de perfusão. Ao listar com clareza quais parâmetros serão submetidos à avaliação e calibração, a comunicação com a empresa especializada em calibração se torna mais precisa e evita possíveis erros.
Outro aspecto fundamental é a definição das faixas de calibração. Isso se refere aos intervalos de valores nos quais o equipamento deve ser capaz de realizar medições precisas. Essa informação é essencial para a empresa de calibração realizar um trabalho eficiente. Um exemplo concreto é um ventilador pulmonar na UTI Neonatal, que opera com volumes e pressões de ar específicos, distintos daqueles usados em um ventilador da UTI Adulta.
3. Garanta a conformidade com as normas
Para estabelecer um programa de calibração robusto e confiável, é crucial aderir às normas e regulamentações pertinentes. A norma NBR ISO/IEC 17025 é um exemplo, pois define os requisitos gerais para a competência técnica de laboratórios de calibração e ensaio, garantindo que os resultados sejam precisos e confiáveis.
Sendo assim, ao buscar serviços de calibração, é essencial verificar se a empresa escolhida atende a essa norma, assegurando que ela possui a expertise técnica, métodos confiáveis, equipamentos adequados e processos de qualidade necessários para realizar calibrações de forma precisa.
Além disso, a aderência a essa norma implica em uma abordagem sistemática de gestão, assegurando rastreabilidade das medições realizadas. Isso é crucial para a confiabilidade dos resultados e para a manutenção de um histórico de calibrações ao longo do tempo.
4. Tenha um controle das manutenções preventivas e faça verificações periódicas
Uma etapa importante na implementação do programa de calibração é estabelecer um controle efetivo das manutenções preventivas e das verificações periódicas dos equipamentos.
A partir dos registros de informações como data da última manutenção e previsão da próxima, é possível decisões sobre ajustes no programa de calibração, substituição de equipamentos ou outras ações necessárias.
5. Defina a periodicidade e delegue os responsáveis capacitados para monitorar os serviços de calibração
Para manter o programa de calibração eficiente e contínuo, é fundamental definir a frequência com que os equipamentos serão calibrados. Equipamentos críticos podem exigir calibrações mais frequentes, enquanto outros menos críticos podem ter um intervalo maior.
Além disso, é importante atribuir essa responsabilidade a profissionais capacitados, que devem compreender os requisitos de calibração e ser capazes de coordenar as atividades de acordo.
Calibração rastreável à RBC com a Willtek
Na Willtek, realizamos serviços de calibrações com padrões rastreáveis pela Rede Brasileira de Calibração (RBC), devidamente autorizada pelo INMETRO e IPEM, seguindo as normas internacionais como a ISO 17025.
Além disso, realizamos treinamentos, manutenções corretivas, preventivas e preditivas, calibrações e avaliações de segurança elétrica. Tudo isso para garantir que os equipamentos hospitalares funcionem com precisão e segurança, contribuindo para a excelência dos serviços de saúde. Entre em contato conosco!