Entenda o que é Medicina Integrativa e qual sua importância
Você já ouviu falar na Medicina Integrativa? Cada vez mais popular, ela é uma forma de praticar a medicina que propõe uma visão completa do paciente, não apenas os fatores físicos, mas também mentais e emocionais. Se você deseja conhecê-la melhor, entendendo como ela funciona e quais são os benefícios, basta continuar a leitura deste artigo!
O que é Medicina Integrativa?
Como dissemos anteriormente, a Medicina Integrativa é uma abordagem que foca na pessoa em seu todo, ou seja, ela vai além das questões orgânicas e fisiológicas e combina técnicas da medicina complementar com as técnicas convencionais para tratar todos os aspectos do paciente (físicos, emocionais e mentais).
Para isso, ela reúne profissionais de diversas áreas e formações, podendo incluir práticas meditativas, técnicas de relaxamento, uso de fitoterápicos e muitos outros. Enquanto a medicina convencional é praticada por enfermeiros e médicos, a medicina complementar usada na Medicina Integrativa pode incluir psicólogos, nutricionistas, acupunturistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais.
O paciente é tratado em sua individualidade, com um plano de tratamento personalizado desenvolvido com base em sua vida. Além disso, ele deixa de receber o tratamento passivamente e torna-se encarregado por sua saúde, se responsabilizando e se comprometendo em aderir ao tratamento proposto.
Medicina Integrativa x Medicina Alternativa
Apesar de serem confundidas, a Medicina Integrativa e a Medicina Alternativa não são iguais. É conhecida como Medicina Alternativa o uso das práticas que não estão comprovadas cientificamente ou que são complementares, mas usadas como substituição dos tratamentos convencionais.
Já a Medicina Integrativa propõe a manutenção da saúde do paciente aliando os tratamentos convencionais com outras abordagens, mas sempre se baseando em evidências científicas em relação à segurança e eficácia.
Quais são os métodos usados na Medicina Integrativa?
Os métodos utilizados dependerão muito da necessidade de cada paciente, uma vez que diversas técnicas podem ser aplicadas. Algumas delas são:
- aromaterapia;
- hipnose;
- yoga;
- musicoterapia;
- massagem;
- tai chi;
- meditação.
Quando ela surgiu?
Os cuidados em saúde já foram baseados em diferentes modelos, que surgiram conforme o contexto, a cultura e os materiais de cada época. No final da década de 1990, a Medicina Complementar ganhava espaço e, na tentativa de descrever um novo modelo de saúde que retratasse a integração dos diversos modelos terapêuticos, foi criado o termo “Medicina Integrativa” (MI). Em 2017, a unidade técnica de Medicina Tradicional e Complementar (MTC) da OMS adicionou o termo “Medicina Integrativa”, tornando-se a MTCI (Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas.
Além disso, a OPAS/OMS no Brasil já informou que apoia tecnicamente o Ministério da Saúde do país na implementação das MTCI a partir da atenção primária de saúde e que o Brasil é referência mundial no campo das MTCI no que diz respeito à inserção destas práticas no sistema público de saúde.
Hoje, a Medicina Integrativa é reconhecida e aplicada no Brasil, não apenas no sistema público, como também em grandes instituições particulares.
Quais os benefícios da Medicina Integrativa?
Na Medicina Integrativa, o médico e o paciente são aliados para tratar sintomas e conseguir cura ou alívio, além de fazer com que haja uma melhora da qualidade de vida. Com o uso de tratamentos complementares, o paciente consegue mudar seu estilo de vida e também desenvolver um maior autoconhecimento e entendimento sobre sua saúde, gerando diversos benefícios como:
Participação ativa do paciente
Em tratamentos convencionais, muitas vezes, o paciente procura o atendimento para que o médico confira sua saúde e lhe indique o que fazer. Na Medicina Integrativa, a abordagem muda esse foco para que a pessoa compreenda que é responsável pela própria saúde e que o compromisso com o processo terapêutico faz toda a diferença.
Ao estar mais engajado com o tratamento, o paciente passa a seguir as recomendações médicas e busca uma mudança de hábitos, não porque o médico pediu, mas porque deseja melhorar sua saúde.
Atendimento humanizado
O atendimento humanizado tem sido, cada vez mais, uma reivindicação dos pacientes. Na Medicina Integrativa, o profissional de saúde enxerga além dos sintomas, conhecendo sua vida social, rotina, situação econômica e outros aspectos.
O tratamento costuma ser compartilhado entre todos os profissionais da saúde que estiverem envolvidos e eles se tornam verdadeiros parceiros, e é necessário ter um olhar humanizado e construir uma relação duradoura para que a abordagem seja eficiente.
Prevenção de doenças
Ao cuidar da saúde como um todo, a Medicina Integrativa acaba por trabalhar aspectos que não estão associados à doença e, com isso, ajuda a prevenir problemas que poderiam surgir.
Um paciente que está com excesso de peso, por exemplo, pode tratar do estresse por meio do acompanhamento psicológico e evitar distúrbios que poderiam surgir do estresse excessivo, desde ansiedade, até insônia e problemas no coração.
Redução de procedimentos invasivos
Outro benefício dessa visão geral da Medicina Integrativa é a possibilidade de ir para além do tratamento de sintomas. Um paciente que tem um problema crônico que vai ao médico e utiliza o mesmo medicamento para aliviar sintomas pode ter problemas como a redução da eficiência da medicação, aumento das doses e de efeitos colaterais, e ainda assim o problema não estará sendo tratado.
Na proposta da Medicina Integrativa, o médico pode perceber o que está acontecendo e, em conjunto com outros profissionais, amenizar os sintomas com procedimentos menos invasivos como a fisioterapia, massoterapia e acupuntura, por exemplo.
Esses tratamentos podem ser usados até mesmo para beneficiar pessoas que seriam encaminhadas para procedimentos cirúrgicos e, em alguns casos, evitá-los ou adiá-los.
Dia Internacional da Medicina Integrativa
No dia 23 de janeiro é comemorado o Dia Internacional da Medicina Integrativa. Ele tem como objetivo promover o conhecimento dessa abordagem e fazer com que mais pessoas e profissionais a conheçam, muitas vezes derrubando mitos e preconceitos causados pelo desconhecimento sobre essa prática.
Além disso, essa abordagem não é tão recente. No Brasil, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS já é colocada em prática desde 2006, promovendo novos métodos de atuação na saúde.
Com este artigo, esperamos ter mostrado como essa abordagem pode ser vantajosa e eficiente. Nos ajude a levar essa mensagem adiante, compartilhe este conteúdo!